quinta-feira, 25 de julho de 2013


O dia 25 de julho foi instituído pela ONU como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, na República Dominicana, em 1992. A data foi escolhida como marco internacional da luta e resistência da mulher negra. Desde então, vários setores da sociedade atuam para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de opressão de gênero, raça e etnia vivida pelas mulheres negras.

O objetivo da comemoração de 25 de julho é ampliar e fortalecer as organizações de mulheres negras, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promoção, valorização e debate sobre a identidade da mulher negra brasileira.

Em 1992, em  Santo Domingo, na República Dominicana, realizou-se o 1º Encontro de Mulheres afro-latino-caribenhas, do qual decorreram duas decisões: a criação da Rede de mulheres afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas e a definição do 25 de julho como Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha. A data objetiva ser um polo de aglutinação internacional da resistência das negras à cidadania de segunda categoria na região em que vivem, sob a égide das opressões de gênero e racial-étnica, e assim “ampliar e fortalecer as organizações e a identidade das mulheres negras, construindo estratégias para o enfrentamento do racismo e do sexismo”.

Em 2009, estimava-se que na região (América Latina e Caribe) eram em torno de 75 milhões de negras – cidadãs despossuídas de cidadania plena, logo faltam esforços no âmbito dos governos para a efetivação dos nossos direitos humanos. 
Estudos mostram que no Brasil as mulheres são maioria e representam 51,2% da população, sendo 46% delas pretas e pardas.

No último dia 22/07  durante o Festival Latinidades  Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha,  a Ministra de Estado - Chefe da Secretaria de Políticas  de Promoção da Igualdade Racial/SEPPIR da Presidência da República, Ilma. Sra. Luiza  Bairros analisou a condição da mulher negra no contexto atual, considerando o progresso e o processo de inclusão experimentado pelo Brasil na última década. “A mulher negra e, mais particularmente a mulher negra jovem, continua sendo parte daquilo que chamo de paradoxo do desenvolvimento no Brasil, porque foi o setor, o segmento da população que soube melhor se aproveitar de todas as oportunidades que foram criadas nos últimos anos”, disse, atribuindo a conclusão à maioria dos analistas da história mais recente do país.
 
“Apesar dos avanços, as mulheres negras continuam sendo parte das estatísticas do segmento com mais desvantagens”, disse ainda a ministra, afirmando que “ao mesmo tempo em que os efeitos negativos do racismo se manifestam mais diretamente sobre a nossa qualidade de vida, por um lado, por outro lado também é o setor mais bem aparelhado da população negra para vencer os obstáculos colocados pelo racismo”. Para ela, essa contradição confere à luta das mulheres negras a importância que ela tem para a superação do racismo no Brasil.


Este ano, as atividades do Latinidades acontecem entre os dias 19 e 27 de julho, em dois espaços: Funarte e Complexo Cultural da República, recebendo artistas brasileiras, da Colômbia, Cuba, Estados Unidos e Nigéria. A SEPPIR, por meio da Secretaria de Políticas de Comunidades Tradicionais (Secomt) organizou duas atividades que integram a programação do evento. Ambas acontecem no auditório 02 do Museu da República.
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Fontes de pesquisa: http://www.seppir.gov.br/
                             : http://www.otempo.com.br              


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